segunda-feira, 7 de março de 2011

MISSÃO IMPOSSÍVEL

Dia desses, numa roda de amigos, conversávamos sobre nossa parcela de responsabilidade nos desastres climáticos que temos acompanhado, nos últimos anos. Conversa vai, conversa vem, uma professora que estava entre nós lembrou-se de uma redação que leu no mural de uma escola pública, da baixada fluminense. A autora devia ter uns onze anos, pois frequentava o sexto ano, do ensino fundamental.
O título era Missão Impossível. A jovem narrava os afazeres que a mãe, ao sair para o trabalho, deixava para ela realizar antes da escola: varrer o chão, arrumar a cozinha e botar o lixo para fora de casa. Todas as tarefas ela executava com capricho e sucesso, mas nunca conseguiu colocar o lixo onde a mãe pedia. Ela questionava, em seu texto: O que é a minha casa? Minha casa é o Mundo. Então como posso colocar o lixo para fora de casa?
A jovem, cujo nome a professora não se recorda, com sua percepção apurada demonstrou um imenso carinho pelo nosso Planeta. Talvez, à época, ela nem tivesse consciência de que o lixo é um dos grandes problemas que a humanidade tem para enfrentar. E, muitos de nós, nos damos ao luxo de continuar produzindo toneladas desses detritos sem nos importarmos com o local onde será despejado.
Ver o Planeta Terra como nossa casa, é a lição que a estudante nos passou. O dia em que não mais colocarmos “lixo para fora de casa”, o dia em que procurarmos diminuir, drasticamente, a sua produção e dermos a ele o destino certo, a Terra terá uma chance de sobreviver. E a vida que nela brotou, continuará florescendo.
E a redação da adolescente acabou sendo o ponto alto da conversa de um grupo que se considerava adulto.

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