domingo, 3 de abril de 2011

LEVANTES ÁRABES: UMA LUZ SOBRE A QUESTÃO

Desde 18 de dezembro de 2010, quando grandes manifestações públicas contra o governo começaram na Tunísia, no norte da África, causando a renúncia do presidente Zine El Abidine Ben Ali e sua fuga para a Arábia Saudita, ocorrem levantes por democracia no mundo árabe. Movimentos de grandes proporções, como na Tunísia, já ocorreram no Egito, levando o presidente Hosni Mubarak a renunciar, no Iêmen, no Bahrein, na Argélia, na Líbia e na Jordânia. Pequenas manifestações já foram verificadas na Mauritânia, em Omã, na Arábia Saudita e no Sudão.
Mas, devemos perguntar: quais as causas desses movimentos?
Após serem colônias europeias, da França, nos casos da Argélia, Tunísia e Mauritânia, Inglaterra, com Egito, Iêmen, Bahrein, Jordânia, Omã, Arábia Saudita e Sudão, e Itália, Líbia, o governo foi assumido, após a independência, por ditadores, muitas vezes com formação militar. Com isso, o povo passa a sofrer com as injustiças sociais, o desemprego, a falta de liberdade e de infra-estrutura em lugares onde se beneficiam de economias em crescimento apenas poucos e corruptos. Isso explica o crescimento de movimentos pela democracia na região do Norte da África e do Oriente Médio, base dos povos árabes.
No Egito, tomou posse no dia 7 de março o novo governo, comandado por Essam Charaf.
Na Tunísia, no mesmo dia 7, também assumiu um governo provisório, encabeçado pelo primeiro-ministro Beji Caid Essebsi, que nesta mesma data anunciou a composição de seu governo integrado por 22 ministros, dentre os quais cinco novos.
Na Líbia, a situação tende a continuar tensa, após os combates pela renúncia do ditador Muamar Khadafi, que levaram à morte de um grande número de seres humanos. Estamos dizendo que, mesmo que tudo termine aparentemente bem, o estrago que já foi feito pode gerar novos conflitos.
Os levantes árabes mostram que ditaduras acabam gerando revoltas contra o governo constituído que podem culminar, como já ocorre na Líbia, não somente em uma Guerra Civil, como em conflito que atrai inclusive intervenções estrangeiras.

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