terça-feira, 14 de maio de 2013

SOS RIO PARAÍBA DO SUL

Apenas 1% da água do mundo está disponível para o consumo 
Apesar de morarmos em um planeta que é composto em sua maior parte por água, apenas cerca de 1% do líquido está disponível para o consumo. O Brasil é um país privilegiado, pois conta com 12% da água doce superficial do mundo. Talvez, garantidos nessa abundância, desconsideramos a necessidade de zelar por nossos rios, lagos e lençóis freáticos. 
Por exemplo, o Rio Paraíba do Sul sofre com o desmatamento de suas margens; com o lançamento de resíduos domésticos e, também, com os acidentes envolvendo as indústrias localizadas ao longo de seu leito ou às margens de seus afluentes. 
Isso está acontecendo mais uma vez e, segundo informações contidas em ação do Ministério Público Federal (MPF) de junho de 2012 a empresa responsável, Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), tem conhecimento da situação desde o ano de 2004. E o que foi feito durante todos esses anos? 
Segundo documento, o dano ao Paraíba é “sumariamente comprovado” 
As águas do Paraíba estão sendo contaminadas por metais pesados oriundos da CSN. O Paraíba abastece com água potável mais de 12 milhões de pessoas, inclusive 85% dos habitantes da Região Metropolitana do Rio. Estudos realizados por consultoria ambiental contratada pela própria siderúrgica consideram que o dano ao Paraíba “é sumariamente comprovado”. Segundo declarações do Secretário Estadual de Ambiente, Carlos Minc, esse é um dos “piores dramas ambientais” do Estado do Rio, nos últimos anos. 
A situação do lençol freático e do solo, onde foi construído um condomínio residencial é considerada grave. Foram detectados 18 produtos tóxicos na contaminação. Segundo estudiosos, esses produtos diluídos na água do rio, mesmo em pequena quantidade, são capazes de causar disfunções endócrinas. 
Em São Fidélis outra ameaça preocupa os moradores 
Em São Fidélis (RJ), uma das cidades por onde passa o rio Paraíba, a preocupação é com a possível instalação de um aterro sanitário na localidade de Pureza, para atender a outros 15 municípios. Moradores temem que o distrito se transforme em lixão e que o manejo incorreto possa contaminar o lençol freático e chegar até o Paraíba. 

Imagem: Rafael Sardenberg

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