sexta-feira, 28 de março de 2014

DESPERTANDO A CONSCIÊNCIA ECOLÓGICA

O termo Ecologia foi usado pela primeira vez, em 1869, pelo cientista alemão Ernst Haeckel para designar o estudo das relações entre os seres vivos e o seu ‘habitat’ natural. A palavra vem do grego "oikos" (casa) e "logos" (estudo) e significa ‘estudo da casa’.
De lá para cá, o crescimento desordenado da população mundial e a acelerada exploração dos recursos naturais intensificaram os impactos ambientais, entre eles, a contaminação dos mananciais de água doce. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), 10 milhões de mortes por ano são diretamente atribuídas a doenças intestinais transmitidas pela água.
O Brasil possui 12% das reservas aquíferas do planeta. No entanto, a poluição, o desmatamento descontrolado e o aumento do consumo estão contribuindo para a escassez deste recurso precioso, no país.
Em São Paulo, a seca nos reservatórios levou o governador Alckmin a solicitar uma intervenção no rio Paraíba do Sul, para atender a demanda paulista. No entanto, o Rio Paraíba do Sul encontra-se em estado crítico e perdeu grande parte de sua vazão, em função das ‘sangrias’ já concretizadas, em seu percurso.
A polêmica, considerada ‘a primeira disputa hídrica no país’, preocupa os ambientalistas e a população que depende do Paraíba. Segundo a Agência Nacional de Águas (ANA) os rios Tamanduateí, Tietê e Pinheiros seriam suficientes para abastecer a cidade. A ANA também atribui à poluição desses rios como parte do problema de escassez. Por que não houve interesse na despoluição desses mananciais?
Todo esse descaso comprova que o homem vem se relacionando com a natureza de forma egoísta e inescrupulosa. Para reverter este quadro é preciso despertar a consciência ecológica em cada cidadão e esse trabalho deve ser iniciado na infância, pela família e pela escola.
É um longo caminho que vale a pena percorrer. Seja através de atividades práticas, de livros ou de vídeos a importância do meio ambiente deve estar presente no dia a dia de todos os indivíduos, principalmente das crianças.
E vamos esperar que as sementes lançadas caiam em solo fértil.

Alunos do professor Rogério Laffayette limpam nascente de rio próximo à escola. A atividade faz parte de um projeto que recebeu um prêmio internacional em 2013.
Sugestões de atitudes educativas para economizar água para serem praticadas em casa e na escola (adaptando às idades das crianças)
Verificar, constantemente, possíveis pontos de vazamentos (pias, chuveiros e descarga) na casa e na escola e comunicar aos pais e/ou professores
Cobrar e acompanhar o conserto
Usar balde para regar plantas
Regar plantas ao entardecer
Visitar reservatórios de água da cidade
Conhecer possíveis nascentes de rios
Assistir a documentários sobre a natureza
Sugerir que o síndico proponha práticas sustentáveis para o condomínio
Sugerir às casas legislativas (Câmaras e Assembleias) que formulem projetos de leis de sustentabilidade para os municípios e estados.
Obs. Esta lista deve ser ampliada com outras sugestões pesquisadas pelas crianças e discutidas em casa ou na sala de aula
Texto: MLSardenberg
Imagem cedida pelo professor Rogério Laffayette

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